domingo, 12 de abril de 2009

Alan Watts - Tai Chi Chuan

MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Acupunctura, Fitoterapia, Shiatsu e Medicina Tradicional Chinesa.


O que é a acupunctura?

A acupunctura é uma técnica da Medicina Tradicional Chinesa, tal como a fitoterapia - tratamento com plantas; a Tui Na ou Shiatsu - massagem feita com as palmas das mãos, dedos, cotovelos, sobre os pontos de acupunctura e manipulação osteo-articular; a dietética chinesa - tradicionalmente o médico chinês dá indicações dos alimentos que o paciente deve comer em função da sua patologia (desequilíbrio energético); o tai chi e chi gong - exercícios e movimentos cuja finalidade é harmonizar a energia do corpo.
Deste modo, é absurdo falar de acupunctura desenquadrando-a do seu contexto, ou seja, a medicina tradicional chinesa e, pior ainda, é tentar enquadrá-la na medicina convencional, como se ambas falassem a mesma linguagem. Sublinhe-se que, o que está em causa, não é a possibilidade de alguém poder ou não recorrer simultaneamente às duas medicinas, o que aliás em muitos casos é perfeitamente recomendável, mas os princípios e abordagens subjacentes à "filosofia" de cada uma das referidas medicinas. E aqui poderemos dizer que existe todo um "corpo de saber" que é diametralmente oposto uma da outra.

Quais as diferenças entre a medicina convencional e a medicina tradicional chinesa?

A Medicina convencional, ou ocidental, assenta sobretudo num paradigma mecanicista em que o corpo humano é visto como um conjunto de “peças” que fazem parte de uma engrenagem. Aqui a dominância é dada às partes em detrimento do todo, ou seja, a doença não é analisada no conjunto do corpo humano ou na totalidade de todas as suas estruturas, mas nos seus aspectos individuais e que se traduz por um vasto conjunto de especializações (para cada órgão há uma especialidade) . Pelo contrário, a MTC vê a doença como fazendo parte de um todo e não apenas de um aspecto em particular, apesar de esta se poder manifestar predominantemente numa das partes. Aqui a doença é vista como um desequilíbrio energético, que se reflecte a nível físico e que é necessário reequilibrar. A doença antes de se instalar “fisicamente no corpo humano”, manifesta-se energeticamente através de uma série de sinais e sintomas que o praticante deverá saber interpretar, como por exemplo, através da toma do pulso (não se trata apenas de ver o ritmo das pulsações, como o faz a Medicina convencional, mas de sentir a “qualidade” do pulso), a análise do rosto, comportamento, etc.
Pode-se então designar o paradigma da MTC como sendo energético/ globalista e essencialmente qualitativo uma vez que realça os aspectos qualitativos do paciente (por exemplo: cor da língua e textura, a qualidade do pulso - profundo, superficial, fino, mole, etc.). Pelo contrário, a Medicina ocidental favorece os aspectos quantitativos uma vez que o diagnóstico aqui tem por base esses mesmos aspectos (por exemplo, as análises clínicas e os seus valores de referência).
As diferenças entre as duas medicinas são, portanto, estruturais e como tal, cada uma delas tem a sua própria “linguagem” que as torna distintas uma da outra, o que não significa que não se possa recorrer às duas em simultâneo. E sendo distintas uma da outra, ambas têm o privilégio de fornecer uma “mais valia” para a saúde e o bem estar dos pacientes, cada uma à sua maneira.

O que pode tratar a Medicina Tradicional Chinesa?

São diversos os problemas de saúde que poderão ser tratados através da medicina chinesa. Darei apenas alguns exemplos:
- acne, ansiedade, asma, cefaleias, ciática, insónia, depressão nervosa, deixar de fumar, diarreia, gastralgia, lombalgia, dores e irregularidades menstruais,infertilidade, prisão de ventre, problemas decorrentes da menopausa, reumatismo, sinusite, vertigens, zumbidos, etc.
Sublinhe-se que Organização Mundial de Saúde reconhece a acupunctura como um método terapêutico que pode ser eficaz no tratamento de diversos problemas de saúde.

O que é o Tai Chi?

TAI CHI CHUAN – A ARTE DE MEDITAÇÃO EM MOVIMENTO

O Tai Chi é, na sua origem, uma “arte marcial” chinesa vulgarmente praticada com objectivos terapêuticos. Na China, são sobretudo as pessoas idosas que o praticam nos jardins e parques, logo ao raiar do dia.
Os movimentos lentos e flexíveis do Tai Chi, que podem fazer lembrar a coreografia de um bailado, promovem a harmonização das energias yin (-) e Yang (+) através da coordenação entre consciência e respiração, libertando as tensões corporais, tendo por isso mesmo repercussões sobre o sistema nervoso em geral e reflectindo-se num equilíbrio psico-físico.
A prática regular do Tai Chi promove e desenvolve a energia interior do organismo e que se reflecte numa saúde com muito mais qualidade, sendo também por isso considerada a “arte da longa vida”.
No entanto, como arte marcial que também é, o Tai Chi Chuan não se esgota apenas nas suas funções terapêuticas, ela serve propósitos de autodefesa expressos nas suas posturas e movimentos, que a um olhar mais desatento podem parecer destituídos de conteúdos marciais. Contudo esta poderá ser uma segunda etapa da aprendizagem.
Tratando-se de uma “arte marcial interna” a expressão da sua “força” encontra-se na ausência de “força”, ou seja, na suavidade, ao contrário das outras artes marciais designadas externas, como o Karaté ou o Kung Fu. Daí a complexidade desta segunda fase de aprendizagem.



Onde fazer uma consulta e tratamento em Matosinhos e no Porto:

* CLÍNICA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E DE ENFERMAGEM DE S.MAMEDE DE INFESTA, AVENIDA DO CONDE, 57252, TELEFONE: 22 9017 101

* ESPAÇO M - Rua da Lagoa, 1880 - loja 5
4460-433 Senhora da Hora, telemóvel: 916042878,
email: fatima.andrade@oniduo.pt

* CLUBE DE JUDO DO PORTO
Rua Alves da Veiga, 179 - 1º
4000 - 074 Porto Tel: 22 536 41 52


A nossa saúde é um bem precioso. Não a hipoteque mantendo uma alimentação descuidada e sem regras. Pratique exercício físico de acordo com as suas características e necessidades..., PELA SUA SAÚDE!

M.J.R.


Estão abertas inscrições para as aulas de TAI-CHI / Qi Qong

Quarta-Feira: 20h45-21h45

Sexta-Feira: 20h45-21h45
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ESPAÇO M

Rua da Lagoa, 1880 – loja 5

4460-433 SENHORA DA HORA

Telemóvel: 91 604 28 78

e-mail: fatima.andrade@oniduo.pt


Medicina Chinesa e Medicina Convencional - antagonismo ou complementaridade?

Aqueles que pensam que a acupunctura deve ser inserida na medicina convencional, destituindo-a de todo um corpo de saber e experiência acumulada durante cerca de 5000 anos, apenas porque os seus pressupostos (os da acupunctura) não se enquadram dentro dos da medicina convencional, só posso qualificá-los de dogmáticos e fechados. Encerrados num tipo de pensamento padrão que não admite qualquer outro pressuposto a não ser aquele em que eles próprios acreditam, consideram que tudo o que foge à "norma", (à sua norma, claro!), é uma falsidade, pura ilusão ou crendice. É estranho ouvir-se algumas pessoas das chamadas ciências exactas, falarem de acupunctura e medicina tradicional chinesa sem terem a mínima ideia da sua história e evolução, dos seus reais resultados ao longo de centenas de anos, enfim..., sem estarem minimamente informados sobre a questão. Digo que é estranho, pois a regra básica do conhecimento científico, o seu próprio método, exige uma outra posição antidogmática: 1º observação; 2º hipótese; 3º experimentação 4º Conclusão. Ora essas pessoas que, pressupostamente, deveriam ser dotadas de espírito científico e rigoroso, reagem em antagonismo com o próprio método científico, ou seja, concluem que os pressupostos da medicina tradicional chinesa não têm qualquer validade sem sequer passarem pela necessária "observação" que, no caso, se pode traduzir por uma busca e leitura de textos vários sobre Medicina Chinesa, seguida da hipótese, experimentação e então finalmente a conclusão. Mas não! O que fazem é precisamente o inverso, concluem antes de "observar" .

Lembremo-nos que o espírito científico nasceu da necessidade de combater o espírito dogmático instituído pela igreja. E foram grandes personagens históricas que lhe deram um precioso impulso de rigor e objectividade, como Galileu, Descartes (com as regras do método, por exemplo) entre outros. E já agora, aproveito para lembrar a primeira regra do "Discurso do método", de Descartes, imbuído do espírito moderno que iria nortear o pensamento científico: "Jamais receber por verdadeira coisa alguma que eu não conhecesse evidentemente como tal: isto é, o de evitar cuidadosamente a precipitação..."

Como várias vezes ouvimos dizer, a História é uma sucessão de acontecimentos que se repetem, mudando apenas os protagonistas. As posições extremadas geram sempre outras posições extremadas. Os cristãos, que foram perseguidos pelo poder instituído da época (o romano), passaram mais tarde a perseguidores. O saber dogmático da igreja gerou um saber antagónico (o espírito científico, matemático e quantificável) que, pretendendo sair das amarras do "saber" instituído, também ele gerou novos dogmatismos.

O conhecimento científico avança, de forma não linear, por saltos qualitativos (ver Thomas Khun " A estrutura das revoluções científicas" ) numa busca renovada por um conhecimento universal. Esta busca deve exigir um espírito aberto a novas ideias, mas sem esquecer a base sólida que nos é dada pelo conhecimento e experiência adquirida ao longo de centenas de anos. Estamos agora na altura ideal para encetar um novo "salto" qualitativo e fazer a mudança para um novo paradigma, se soubermos aproveitar as oportunidades que nos estão a ser dadas pelos conhecimentos milenares que nos chegam nomeadamente do Oriente e nos quais se incluem a Medicina Tradicional Chinesa. Mas isso exige um espírito de abertura que não é compatível com alguns dogmatismos por vezes instituídos. Só no esforço para conjugar o "velho" (conhecimento e experiências adquiridas ao longo de centenas de anos) com o "novo" (conhecimentos científicos actuais) é que podemos aspirar obter um conhecimento integral e universal que beneficie o ser humano, reintegrando-o na sua natureza quer física como psíquica, integração essa que terá sido perdida há longuíssimos anos e que, se não é a causa principal de tantas doenças, pelo menos é uma das causas principais.

Penso que os mais que comprovados sucessos da acupunctura no tratamento de vários tipos de doenças, por vezes tornando-se mais eficaz que a própria medicina convencional, deveria ser motivo mais do que suficiente para ser levada a sério e exigisse, no mínimo, uma atitude de expectativa em vez de uma atitude de desdém e descrença total, contrária ao próprio espírito científico.

Julgo que o caminho sensato a seguir, será o “casamento” da Medicina Tradicional Chinesa e todo o seu saber e experiência acumulada ao longo de milhares de anos, com a tecnologia e conhecimentos da Medicina convencional. Isto sem que cada uma das partes perca o seu “sentido” e se deixe abafar pela outra.

Medicina Chinesa versus Medicina convencional, complementaridade SIM antagonismo Não.




O yin e o yang, o efeito placebo e outras preciosidades

O comentário que aqui reproduzo na integra, encontrei-o em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=22029&op=all. Não pude deixar de fazer alguns reparos à sapiência de tão erudita personagem que, naturalmente, deve ser um daqueles médicos (muito poucos, penso eu!) que inconfessadamente se sentem ameaçados pelo crescimento das chamadas medicinas ou terapias alternativas ou complementares, como lhe queiram chamar, temendo que o monopólio da saúde lhes saia das mãos.


José Neto, em 2007-05-31 às 04:39, disse:
É incrível como essas técnicas denominadas “terapias orientais” ganham espaço em instituições de ensino superior, como a de Évora. Muita atitude mental, meditação, Yin e Yang, filosofia e pouca medicina. A lei portuguesa legisla a prática da acupunctura, mas não a reconhece como Medicina, tal como um pouco por todo o mundo. No Brasil, onde a acupunctura é amplamente divulgada, ensinada e praticada, em 1995 um projecto-lei que a tornaria uma especialidade médica foi revogado (Nº 1455 / 1995), porém desde 2002 que foi aceita uma outra que lhe conferia este título (Nº 1634 / 2002). A descrição que a Sociedade Médica Brasileira de Acupunctura no seu sítio da Internet faz da acção da acupunctura, com base científica, é inibir a percepção cerebral dos estímulos dolorosos. No entanto, o Conselho Nacional Contra a Fraude na Saúde (NCAHF – Estados Unidos da América) sustêm que a acupunctura não passa de uma fraude, alertando que: “…os meridianos são imaginários, as suas posições não se relacionam com os órgãos internos, logo não se relacionam com a anatomia humana. Os pontos da acupunctura também são imaginários (diferentes esquemas dão diferentes localizações para os pontos). Estes conceitos falaciosos continuam a ser a base da terapia acupunctural moderna, mesmo com métodos extremamente sofisticados a medir os seus badalados efeitos bioquímicos. Apesar dos métodos científicos aplicarem-se aos estudos bioquímicos, muitos relatórios publicados estão baseados unicamente e acriticamente em anedotas e tradição médica.” Esta organização chega a afirmar que a OMS não possui provas científicas para abalizá-la, considerando as provas de que dispõem “inadequadas ou não existentes”. Infelizmente, e sem razões, a OMS retirou da Internet o documento onde se encontra a sua fundamentação para aceitar a acupunctura como medicina. Mais, “A NCAHF acredita que depois de vinte anos no campo da opinião científica, a acupunctura não demonstrou eficaz em nenhuma condição”, sugerindo que os resultados pontuais eficazes se devem ao chamado efeito placebo. Leiamos uma opinião médica: “O professor Edward Ernst é um especialista genuíno e um médico acreditado. É o responsável do Departamento de Medicina Complementar na Universidade de Exeter. É largamente respeitado tanto pelas comunidades médicas ortodoxas e alternativas por aplicar à medicina alternativa os mesmos critérios rigorosos exigidos à medicina ortodoxa. Isto é o que o professor Ernst diz: "Nem os meridianos, nem os pontos da acupunctura mostraram-se como existentes num sentido anatómico, nem a existência do Yin e Yang foi demonstrada convincentemente. Por estas e outras razões, os críticos tendem a rejeitar a acupunctura tradicional... a última linha é que a acupunctura parece ser mais um placebo para algumas condições, mas está claro que não é uma “cura-tudo”. Lamentável...
Fim de citação


Antes de mais, devo dizer que as provas “científicas”, no que respeita a eficácia da acupunctura em termos bioquímicos, apenas têm para mim um moderado interesse intelectual, pois na minha perspectiva a grande prova está na prática e resultados da mesma nos pacientes. Confesso-me muito mais pragmática, pelo menos neste caso.

É esta falta de pragmatismo que por vezes caracteriza o pensamento ocidental, ao mostrar um interesse menor pelos resultados e efeitos da acupunctura nos pacientes, para se concentrar em exclusivo na busca de uma prova ou explicação “científica” . Quando essa prova não é conclusiva, alguns argumentam que os efeitos da acupunctura se devem ao chamado “efeito placebo”. .Mas porque não concluir na ordem inversa e dizer que é a “ciência”, tal como a conhecemos hoje, que se torna incapaz de provar integralmente os efeitos da acupunctura? Talvez por que a falta de humildade e a incapacidade para perceber que a ciência não é um conhecimento absoluto de certezas irrefutáveis e conhecimentos inquestionáveis, impera sobre algumas (muitas?) (in)consciências.Ou seja, se o elefante não cabe no buraco da agulha a culpa é do elefante que é gordo de mais , não do buraco da agulha que é demasiado estreito! Para bom entendedor...

Disparate número 1 -A respeito de uma afirmação proferida pelo eminente “sábio” cujo comentário transcrevi: “nem a existência do yin e do yang foi demonstrada convincentemente.”, esta deveria constar nos “Anais dos disparates mais hilariantes”. Vejamos! O yin e o yang são conceitos relativos e não objectos ou fenómenos passíveis de serem observados e demonstrados cientificamente. É como o conceito de belo ou feio, bom ou mau, também eles conceitos relativos. O yin e o yang caracterizam os diversos estados da natureza e do ser humano. O yin diz respeito a todos os elementos mais duros, á ausência de luz, à imobilidade, á força centrípeta, etc. Em contraposição, o yang diz respeito aos elementos mais voláteis, á luz, ao movimento, à força centrífuga, etc. A água é um elemento yang se a compararmos com o gelo que é yin (mais energia concentrada), no entanto se compararmos a água com o vapor, então esta passa a ser um elemento yin por comparação ao vapor que é yang.

Disparate número 2 – “a última linha é que a acupunctura parece ser mais um placebo para algumas condições,”.
Tendo em conta que as pessoas que recorrem à acupunctura na maioria dos casos o faz porque a medicina convencional não lhes conseguiu solucionar o problema (patologia), só podemos tirar uma conclusão das palavras deste “iluminado”: apenas a acupunctura consegue esse magnífico efeito de induzir no paciente a cura, pois é disso mesmo que se trata quando se fala de efeito placebo. Quanto à medicina convencional, pelos vistos nem isso consegue muitas das vezes. Enfim, sem mais comentários.




TAI CHI - the gentel energy

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009