domingo, 12 de abril de 2009
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O QUE É A SAÚDE?
Defino a saúde como um bem-estar psíquico-físico, um estado de equilíbrio entre mente e corpo. Assim, quando a mente está em sintonia com o corpo, ou, por outras palavras, quando aquilo que idealizamos interiormente se integra no modo como nos percepcionamos física e mentalmente, advém um estado de equilíbrio, onde o “Mental” (Shen na designação chinesa) se manifesta através do olhar, de forma clara e cristalina. Um olhar baço, sem vida, é portanto sinónimo de falta de saúde, ainda que possam não existir, (para já!) os sintomas físicos.
Em conclusão, a saúde está mais para além da mera ausência dos sintomas físicos, sendo estes a manifestação última de um desequilíbrio que se instalou anteriormente ao aparecimento dos tais sintomas físicos.
Vários factores contribuem para este desequilíbrio gerador da doença, mas vou referir um frequentemente ignorado. A relação entre o PENSAR e o DIZER. Será que aquilo que dizemos está frequentemente de acordo com o que pensamos? Julgo que não, na maioria dos casos. Somos condicionados por regras familiares, sociais, ideológicas, religiosas, etc., que muitas das vezes nos impedem de agirmos de acordo com o que pensamos, criando assim uma tensão, ainda que não plenamente consciente, entre o PENSAR e o AGIR. É no seio dessa tensão que surge, inicialmente, o desequilíbrio energético, aparecendo posteriormente os sintomas físicos.
Maria José Rocha
..."Um elemento suplementar ligado ao Rim distingue a fisiologia mental feminina do funcionamento masculino: o útero Zi Gong.
Com efeito, este órgão tem um papel de regulação emocional durante toda a vida da mulher. O útero intervém na regulação do eixo SHAOYIN, coração-rim, criando um arco triangular no qual favorece o contacto entre estes dois órgãos. Ele estimula o Qi mental afecto às emoções e controla os excessos.
O útero está longe de se limitar à função de reprodução, é também a matrix das emoções. As mulheres deveriam ter uma solicitude particular para com este órgão de uma maior utilidade...
... Se as mulheres não esquecessem assim tão facilmente o seu ventre, não teríamos tantos fibromas, quistos e tumores, e também não haveria tanta necessidade de se recorrer à histerectomia.
O esquecimento ou a rejeição do útero cria um terreno propício à histeria doce ou severa, da mesma maneira que os distúrbios emocionais prejudicam o útero perturbando o qi local e o sangue. Esta situação manifesta-se, a maior parte das vezes, por problemas menstruais ou do endométrio.
As consequências emocionais da ablação do útero podem no entanto ser compensadas por um trabalho dirigido sobre o psiquismo.
A mulher possui um potencial emocional manifestamente superior ao do homem. Isto significa que as suas capacidades mentais podem beneficiar-se da contribuição de emoções criadoras e que o seu nível de consciência deverá ultrapassar o do homem.
Isto é um aviso pessoal, mas eu penso que a consciência da mulher é, como dizia o poeta, "o futuro do homem", para que assim os esquemas de dominação não sejam reproduzidos e que ela queira ser a matrix de uma sociedade feita de inteligência e harmonia."
Michel Deydier-Bastide, "Traité de Psychologie Traditionnelle Chinoise", Éditions Désiris, 2005, págs 99 - 100
Nota: Isto foi escrito por um homem!
"As bases da Medicina Tradicional Chinesa assentam sobre a mais antiga filosofia conhecida do mundo, o Taoismo ...
Estar de boa saúde é também estar em harmonia com o TAO.
... O que é harmonioso é fluido, belo, nobre, amável, amante - quer seja uma acto, uma palavra, um pensamento, uma pessoa, um animal, uma planta ou um objecto.
... A concepção original da Medicina Chinesa é baseada sobre a lei do equilíbrio...."
Traité de Psychologie Tradittionnelle Chinoise, pág. 26
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